Aumento de 25% nos salários é consumido pelos aumentos nos custos de vida

Após o acréscimo de 25% nos salários dos funcionários públicos em Angola, muitas famílias começaram a enfrentar um paradoxo difícil: os ganhos extras estão sendo rapidamente consumidos pelos aumentos no preço de bens e serviços essenciais. A correção salarial veio como tentativa de aliviar o poder de compra, mas a realidade econômica mostrou que a renda adicional pouco resiste às despesas básicas.

EDACO
  • 21/07/2025
    Aumento de 25% nos salários é consumido pelos aumentos nos custos de vida

    O impacto é perceptível no bolso das famílias. Os gastos com eletricidade, água, combustíveis e deslocamentos urbanos sofreram elevações significativas. Por exemplo, o reajuste na energia elétrica e o avanço no custo do transporte coletivo fazem com que grande parte da renda reajustada seja diretamente destinada ao pagamento dessas contas, deixando pouco espaço para outras necessidades.

    O aumento de 25% no salário rapidamente se converteu em insuficiente para suprir as demandas do custo de vida atual. Muitos trabalhadores informam que, ao receber o valor reajustado, já se vêem recorrendo às economias ou sacrificando parte do orçamento para cobrir despesas rotineiras, como transporte para o emprego e contas de serviços básicos. Em resumo, a inflação erodeu quase totalmente o ganho prometido.

    Além disso, a escalada nos preços dos combustíveis — motivada por alterações no mercado internacional e repassada à população — afeta diretamente o custo do transporte individual e público, impactando também outros setores, como alimentos e materiais de uso diário. Esse efeito em cascata reforça a sensação de que o aumento salarial tornou-se inócuo no que se refere à melhoria do padrão de vida.

    Assim, embora o reajuste de 25% fosse originalmente recebido como uma vaga esperança para a recuperação financeira das famílias, o ânimo não se sustenta por muito tempo. O aumento salarial foi rapidamente corroído pelas novas taxas e preços, deixando muitos trabalhadores ainda longe de uma estabilidade real.