Executivo prevê penetração de até 17 milhões de utilizadores de serviços bancários
O governo angolano planeia elevar a taxa de penetração de serviços bancários para 17 milhões de utilizadores até 2027, através de uma estratégia que combina massificação de meios digitais e expansão dos pagamentos alternativos. A meta foi anunciada pelo Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social durante um encontro que envolveu representantes do setor financeiro e de comunicações.

De acordo com o governante, o objetivo passa não apenas por aumentar o acesso tradicional aos bancos, mas também por fomentar a adoção de soluções digitais, como carteiras eletrônicas e plataformas móveis. A aposta em tecnologias de comunicação e informação pretende tornar os serviços bancários mais acessíveis, acessíveis em regiões remotas e simplificar operações cotidianas, favorecendo a inclusão financeira da população.
A estratégia pretende aproveitar a capilaridade das operadoras de telecomunicações e a proliferação de smartphones para impulsionar o uso de instrumentos alternativos de pagamento. O caminho apontado enfatiza uma colaboração estreita entre o setor público e privado, reforçando infraestruturas digitais, promovendo educação financeira e modernizando o quadro regulatório, de forma a garantir segurança e confiabilidade nas transações.
Esta iniciativa insere-se num contexto mais amplo de transformação digital da economia angolana, alinhada aos objetivos do Plano Nacional de Desenvolvimento e ao processo de diversificação económica. A meta de alcançar 17 milhões de utilizadores até 2027 representa um forte salto em relação à taxa atual, assinalando um compromisso do executivo em integrar grande parte da população no sistema financeiro formal.
O resultado esperado é a criação de um ambiente financeiro mais inclusivo, com impacto direto na redução do uso de dinheiro em espécie, maior transparência nas transações, fortalecimento das micro e pequenas empresas e estímulo ao crescimento económico sustentável.