ANPG e Azule Energy anunciam descoberta de gás no poço de exploração Gajajeira‑01 do Bloco 1/14, offshore de Angola
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), em parceria com a Azule Energy (35%), Equinor (30%), Sonangol E&P (25%) e Acrep S.A. (10%), anunciou em 11 de julho de 2025 a descoberta de gás no poço Gajajeira‑01, localizado no offshore da Bacia do Baixo Congo, a cerca de 60 km da costa, em águas com profundidade de 95 m.

O poço foi perfurado em 1º de abril de 2025, atingindo formações areníticas do Oligoceno Inferior, também designadas LO100, onde foram encontrados gás e condensado. Amostras iniciais indicam múltiplos reservatórios com boa mobilidade, com estimativas preliminares que sugerem volumes superiores a 1 trilhão de pés cúbicos de gás e até 100 milhões de barris de condensado associado.
A descoberta confirma a existência de um sistema de hidrocarbonetos, abrindo novas perspectivas de exploração. A Azule Energy e os parceiros irão continuar as avaliações para determinar o melhor caminho de desenvolvimento.
A perfuração inicial utilizou ferramentas avançadas de avaliação e controle, assegurando a qualidade da formação e das características dos fluidos, com foco na segurança operacional.
Declarações das lideranças
Paulino Jerónimo, Presidente do Conselho de Administração da ANPG, destacou que "este recurso é importante para reforçar o acesso aos recursos energéticos e de consumo doméstico, bem como impulsionar a petroquímica e a produção de fertilizantes em Angola".
Adriano Mongini, Diretor-Geral da Azule Energy, enfatizou o marco histórico: "é o primeiro poço dedicado à exploração de gás no país, reforçando a confiança no potencial da Bacia do Baixo Congo", reforçando o compromisso com o desenvolvimento energético sustentável de Angola.
Perspectivas e próximos passos
+ As operações de perfuração continuam, com o próximo alvo previsto para o intervalo LO300, também no Oligoceno Inferior.
+ A descoberta representa um avanço significativo na diversificação do portfólio energético de Angola, abrindo caminho para maior investimento privado e intensificação da indústria petroquímica nacional .