ANPG procura parceiros experientes para explorar bacias do Congo e Kwanza

O objectivo passa pela manutenção dos campos maduros e pela dinamização da estratégia de Produção Incremental, considerada fundamental para sustentar os níveis de reservas e a competitividade do setor petrolífero nacional.

A posição foi defendida pelo director de Exploração da ANPG, Lúmen Sebastião, durante o painel “Parcerias Estratégicas: Libertar o Potencial das Águas Profundas de Angola”, realizado no último dia da VI Conferência de Petróleo e Gás, que decorreu entre 3 e 4 de setembro em Luanda. O responsável sublinhou que Angola precisa de operadores não apenas com experiência em águas profundas, mas igualmente com disponibilidade financeira e vontade de investir no offshore.

Segundo o geólogo, o país deve também apostar na entrada de companhias independentes, capazes de explorar novas oportunidades nas bacias sedimentares, bem como na criação de parcerias tecnológicas, que ampliem a capacidade de análise e adaptação às tendências globais da indústria petrolífera.

No âmbito da estratégia de Produção Incremental, a ANPG lançou o desafio às operadoras de perfuração de dois poços por ano, em vez de apenas um, de modo a reforçar as reservas existentes e assegurar a estabilidade da produção a médio e longo prazo. Para Sebastião, essa dinâmica é essencial para garantir que os campos maduros continuem a contribuir para o perfil de produção do país.

Os dados recentes, sustentados por novas campanhas sísmicas e descobertas significativas dos últimos cinco anos, têm permitido a Angola manter uma produção acima de um milhão de barris por dia, reforçando a confiança no potencial do offshore angolano. A conferência, segundo o responsável, representou uma mais-valia, pois permitiu a assinatura de novos contratos, sinal claro de que o trabalho desenvolvido pela ANPG está a atrair investimentos estratégicos e a consolidar o papel do país no upstream petrolífero.