Angola é Admitida no Mercado Comum da Zona de Comércio Livre da SADC
No dia 5 de junho de 2025, Angola foi formalmente admitida no Mercado Comum da Zona de Comércio Livre (ZCL) da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), durante a 34.ª Reunião do Comité de Ministros do Comércio, realizada no Zimbábue. Esta entrada representa um marco significativo na integração económica regional, abrindo portas para um mercado com mais de 300 milhões de consumidores.
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Aprovação da Proposta Tarifária
O ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguéns, anunciou que a proposta tarifária de Angola para integrar-se na ZCL foi aprovada pelos membros da SADC. A medida define o tratamento especial de produtos que entram e saem entre Angola e outros países, estabelecendo tarifas e regimes específicos para facilitar o comércio inter-regional.
Benefícios para os Produtores Nacionais
Com a adesão, os produtores angolanos terão acesso privilegiado ao mercado da SADC, incentivando-os a inovar e aumentar a competitividade. A eliminação ou redução de barreiras comerciais vai permitir maior circulação de bens, estimulando investimentos na produção local e agregação de valor.
Fortalecimento de Acordos e Reformas Internas
A participação na ZCL complementa a estratégia “Angola 2025”, que visa à consolidação do ambiente de negócios por meio de reformas que simplificam processos aduaneiros, combate à burocracia e atração de investimentos — particularmente em não-petróleo. Esse esforço reformulará os padrões internos para alinhar os procedimentos comerciais à nova realidade regional.
Facilitação de Comércio e Investimentos
A adesão permitirá a circulação de produtos entre Angola e cerca de 300 milhões de consumidores nos países da ZCL da SADC. A integração facilita o comércio transfronteiriço, reduz tarifas, atrai investimentos e obriga o país a alinhar-se com normas internacionais de comércio e regulação econômica.
Perspectiva Regional e Futuro
A 14ª adesão à ZCL amplia significativamente as oportunidades comerciais e reforça a posição de Angola como ator econômico regional. A entrada se soma aos preparativos para integrar também a Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA). A expectativa é que uma economia mais interligada, com redução de barreiras e maior escala de mercado, impulsione a industrialização e o crescimento econômico sustentável.